Um interruptor de luz

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Visitando um amigo, o Sr. Valdecir (75), perguntei-lhe como estava, dado que se encontra sob cuidados médicos. Ele me disse que o pensar positivo prevalece, embora tenha uns sintomas de negatividade, vez por outra. Uns dias "que a cabeça teima em lembrar de coisas que deixou para trás..." Curioso, pedi que me explicasse. Então, ele falou-me que a vida da gente é como uma luz incandescente. Que é programada para muitas horas de uso. Mas, se ficarmos mexendo no interruptor, brincando de liga e desliga: positivo, negativo, positivo, negativo, o filamento dela vai queimar mais rápido.

Que temos que encontrar o equilíbrio, no positivo da vida. Uauu, que sabedoria! O que ele quis dizer é que nosso estado de humor não pode variar tanto, durante as horas do dia, e indefinidamente, numa espécie de alternância emocional doentia. Continuou sua preleção, dizendo-me que embora tenha razões para deixar o interruptor no pólo negativo, sempre que pode altera a posição dele, ao pensar em coisas boas e agradecer pelo que ele tem, e não reclamar pelo que lhe falta. E que aprendeu com a vida a deixá-lo sempre teclado no positivo, sem nele mexer, para "não queimar".

Sorvendo um cafezinho, conta-me que quando foi nos posto de saúde fazer os exames do coração, as mocinhas do posto o convidaram para um cafezinho na copa, e ficaram brincando com ele, querendo saber como um paraibano dança forró. Me diz todo orgulhoso e feliz que ele foi o único que elas chamaram para adentrar no posto, indo lá na área interna, na copa. E que de tão agradecido que estava, por finalmente poder mostrar os exames ao médico, se tivesse música de forró, dançaria com elas mesmo!

Esse é o Sr. Valdecir! E, quando ele acende seu interruptor ilumina a todos nós.

Lindo demais!